domingo, 17 de fevereiro de 2008

I Will Survive...

Esse é um dos capítulos mais insanos da saga "Filhos das Trevas"...
E após lerem, todos terão certeza disso.

I Will Survive
Scott conectou o último cabo. Era nosso quarto dia na Ilha da lua e a chuva batia com força nos vidros do Palácio. Balt e eu tínhamos passado os últimos dias estudando o diário de Salazar. Aparentemente, o pirata odiava seu “passageiro ilustre”, isso é: meu avô.
Ele relatava com incrível exatidão e detalhismo, os horríveis banquetes que meu avô fizera de alguns prisioneiros que ele levava no barco. Era horrendo até mesmo ler aquilo. Depois, vovô matara um a um os marujos de Salazar, em frente ao capitão que suplicava pela vida de seus companheiros.
“Não me importo com minha vida, escrevera ele, desde que com ela possa acabar com aquele monstro. Ele matou a todos. Ele destruiu tudo. Deixou-me por último para que eu visse o sofrimento de meus irmãos, amigos e companheiros. Mas tudo bem, que seja feita a vontade de Deus, e que Ele puna aquela criatura horrorosa. Adeus Gracielle. Adeus Maira. Amo vocês”.
- Pensei que vovô fosse o senhor da virtude. – falei.
A chuva lá fora estava cada vez mais intensa.
- Ele é um idiota. Ao menos isso prova que ele é realmente nosso parente.
- Holl, Balt, venham cá! – Diana nos chamou e descemos para ver o que estava acontecendo.
Scott e Fillipe estavam instalando um equipamento de som com várias caixas acústicas. Ricardo apareceu com dois microfones.
- Só encontrei esses dois, Scott.
- Tudo bem, esses servem.
- O que vocês estão fazendo? – Perguntei.
- Duas palavras: - disse Fill – Kará - okê
- Ahn...
- Vamos fazer um concurso de talentos. – Falou Rick. – A gente não tem nada pra fazer mesmo, e tá uma chuva danada.
- Isso sem falar – disse Scott coçando a cabeça – Estamos querendo tirar alguém do quarto... Coisa feia Ricardo.
Rick corou até os fios de cabelo:
- O que, eu só tô brincando... – Scott conectou os microfones – Cadê o resto do povo?
- Aqui. – Marta e Evellin chegaram com uma bacia de pipoca.
- Quem vai começar? – Perguntou Hector.
- Vamos fazer um sorteio! – Falou Rick.
- Não o Scott e o Fill começam.
- Beleza – Fill ligou o som – I’m not dog no...
- Cala a boca Fillipe! – gritou Scott – Vamos... Os mais novos primeiro.
- Nem pensar – falou Di.
- Vamos sortear – falou Hector.
- Beleza – Falou Fill – mas eu queria começar...
- Fica a vontade, então, mano. – falou Scott.
- Esperem cinco minutos.
Ele subiu as escadas em uma velocidade assustadora.
- O que aquele louco vai fazer? – Perguntou Hector rindo.
- No mínimo vai descer as escadas como Carmem Miranda. – disse Scott – O que que a baiana tem?
Fill desceu as escadas com o já conhecido chapéu de cawboy, a palhinha entre os dentes e uma calça de couro:
- É isso aí meu povo. Cheguei eu – Ele arrumou o microfone e começou a cantar com voz fanha:
Toda vez que eu viajava,
Pela estrada de ouro fino
Lá de longe eu avistava
A figura de um menino...
- Céus, o que é isso? – perguntou Diana tampando os ouvidos.
- É um gato fazendo cirurgia de fimose! – afirmou Scott.
- Que isso – falou Hector – É a fimose fazendo cirurgia de gato!
- “A Praça é Deles”, com Hector Daniels. – Resmungou Baltazar.
Toque o berrante seu moço
Que é pra “fica” “orvindo”.

- Chega Fill! – Gritou Marta.
- Mas esse ainda não é o gran finale... Oia só, eu tenho uma “par” de músicas para cantar... Desde Alejandro Sanz até Sidney Magal!
- Jesus Cristo! – exclamou Rick.
- Alguém aí tem uma bengala curva? – sugeriu Scott – A gente puxa ele para trás da cortina e mete o clorofórmio no nariz dele.
- Gostei da idéia – falou Diana – Se não der certo, usem antrax!
- Ai, ai... bando de gente que não compreende talento de um gênio! – Fill tirou o chapéu e fez a dancinha do Elvis – Stop, look and listen baby... I love you, my girls... Thank you, thank you very much.
As gargalhadas foram gerais, Fill é insano! Às vezes ele parece até um pouco gay... só parece porque na verdade...
- Vamos fazer uma banca de jurados!
- Não precisa, o sistema dá as próprias notas.
- Quanto será que o Fill tirou?
O monitor mostrou... 2,5...
- Deve estar quebrado, oras. – Fillipe sentou-se emburrado no sofá.
*** *** *** *** *** ***
O Concurso de Talentos foi sem duvida uma idéia inusitada e divertida, ao menos a meu ver.
Scott recitou uma estrofe de Romeu e Julieta e Evie pareceu sentir-se um tanto contrafeita com isso. Ricardo não pareceu notar nada.
O mais legal, sem duvida, foi ele cantar:
- Pra que mentir fingir que perdoou,
Tentar ficar amigos sem rancor,
A emoção acabou,
Que coincidência é o amor,
A nossa música nunca mais tocou...
Tive que bater palmas para isso, Scott às vezes é tão absurdamente encantador.
Depois ele botou uma peruca e começou a cantar:
- Quero vê-la sorrir,
Quero vê-la cantar,
Quero ver o seu corpo,
Dançar sem parar...
- Em que parte eu entro? – perguntou Marta vestida de cigana e dançando – Oi gente, sou a cigana Sandra Rosa Madalena, o que ‘cês acham?
As gargalhadas responderam essa pergunta.
*** *** *** *** *** ***
- O teu amor é uma mentira,
Que a minha vaidade quer...
E o meu poesia de cego você pode ver...
Não pode ver que no meu mundo,
Um troço qualquer morreu,
Num corte lento e profundo,
Entre você e eu...
– Baltazar pegou minha mão e beijou-a:
-
O nosso amor a gente inventa, pra se distrair,
E quando acaba a gente pensa, que ele nunca existiu...

- Cala a boca, seu exibido! – Joguei uma almofada nele, envergonhada.
- Holl, vem cá – Marta me chamou e fui até ela – Evellin, Di e eu tivemos uma idéia para nossa apresentação bom-bas-ti-ca, mas precisamos de mais duas...
- Eu faço – falou Fill – O que é?
Nem eu sabia, mas a risada das meninas fez com que eu soubesse que não era boa coisa...
*** *** *** *** *** ***
- Acho que as meninas vão fazer Spice Girls – eu ouvi Baltazar falando.
- Acho que não, elas estão com Fillipe, deve ser outra coisa... Ao menos eu espero – acabei rindo com essa do Scott.
Surgimos, lindas, maravilhosas, resplandecentes e todo de bom... Claro que tinha um transformista no meio, mas deixa pra lá...
Toquinho começou e Di foi para frente:
- Eu não quero confessar, eu sei não quero me entregar tão fácil...
- Oba, - gritou Scott – Adoro Rouge.
- Mas você chega devagar,
Com esse jeito de me olhar bem fundo,
E a minha timidez vai embora eu sei...
Te quero pra mim...

Nós cinco em coro, com Fillipe com peruca de cabelo comprido. (no sótão do Palácio tem de tudo, né?)
- Não dá pra resistir,
Ao seu amor,
Você me olha assim, baby eu vou,
Teus beijos só pra mim e o teu sabor,
Não dá pra resistir, preciso ter o seu amor.

Nossa coreografia era fantástica, duas pra frente, três pra trás, três pra frente e... descubram se puderem : duas pra trás!
A melhor parte en la verdad, veio no final, depois do “Na, na, na” característico dessa música:
O solo de Fillipe!
- Eu seeeeeeiii que a força desse amor atrai,
Voceeeeê pra miiiiiiiiim
– enquanto isso ele dava pulinhos e dançava -
Eu voooooouu roubar seu coração,
Com você é pura paixão,
É pura paixããããoooo!

“Nóis” de novo

Não dá pra resistir ao teu amor...

Blá, blá, blá (outra música delas pelo que sei) e continuou a música.
Ao fim, houve uma salva de palmas e uma ovação especial à nossa Mariah Carey:
- Mandou bem Fill! – disse Hector.
- Quer que eu comece a te chamar de “Fellipa” agora? – sugeriu Scott.
- Adorei a interpretação, moça – falou Baltazar.
- É. Já dá pra você dançar no Moulin Rouge! – ria Ricardo
- Ai, vocês são uns idiotas preconceituosos mesmo! – Evellin falou, fingindo-se de zangada – Você foi demais Fillipe!
E beijou-o no rosto. Todas nós fizemos o mesmo: Ele olhou para os garotos, que estavam com cara de pastel mal frito:
- U-hu... I will survive…
*** *** *** *** *** ***
Foi unânime. O troféu do primeiro lugar no Show de talentos Nights foi para... (toque de tambores)... Fillipe Nights:
- Bom... Eu estou realmente surpreso com esse troféu e... oh – ele abanou-se com a mão e olhou para o vaso roxo de tia Marie que Diana entregou com todas as honras do Oscar – Agradeço à varias pessoas... primeiramente aos meus pais que deram origem à essa perfeição que vos fala... agradeço a Ordem inteira, pois sem essa ilustre irmandade, não estaríamos aqui no Palácio, com essa chuva desgracenta, nem preocupados com o Lacre... Agradeço ao Congresso por sua perseguição, afinal, de que outro modo poderíamos ser exilados da Inglaterra? – Não foi possível deixarmos de rir com essas tiradas – Agradeço também às meninas que confiaram em meu trabalho e... Chuif - ele secou uma “lágrima” – Obrigado meninas, eu sei que esse troféu é SÓ MEU, mas é como se vocês tivessem participado da minha conquista. Thank you, Gracias, Obrigado a todos.
Houve uma salva de palmas, porém Baltazar reclamou:
- Por que eu não recebo agradecimentos? Se estamos tão ferrados que precisamos nos esconder, a culpa é minha!
Será que preciso comentar alguma coisa?


N.A.: Eu não disse que era insano?

3 comentários:

Unknown disse...

Gosto muito desse conto!
Adorei vc ter postado ele!
*Além do que, fui eu que digitei...
haha!

Adriana Rodrigues disse...

# Galerinha foooofa! xD

# E continuo fã do Balt. =3

# Bjins!

Jessica Borges disse...

Isso é porque eles estavam sendo perseguidos pelos dez vampiros mais poderosos da Terra e tinham que salvar meu filhote!
Vai entender...
Ainda fã do Balt?
Céus... Já não me basta a Kate?! :D

Veleu pelo comentário, d. Strix!